Histórico do Parque



O Parque Pinheirinho D´água fica entre os bairros do Parque Panamericano, City Jaraguá e Jd. Rincão, área administrada pela subprefeitura de Pirituba. É fruto de um processo onde comunidade e poder público se uniram em torno de um desejo: a construção de um Parque Urbano.

A materialização de um sonho a partir de uma construção coletiva


     O parque já era uma reivindicação do movimento de moradia desde a década de 1990 e em abril de 2001 a comunidade realizou a primeira reunião para a discussão de sua construção. As escolas do entorno fizeram um edital para o concurso do nome do Parque e o nome Pinheirinho D´água foi eleito pela população em outubro de 2001.

     Os professores das escolas envolvidas no processo tiveram a assessoria da professora Nídia Nacib Pontuschka, da Faculdade de Educação da USP, para o uso da metodologia de Estudo do Meio e em 2002 somou-se ao movimento a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU-USP). Iniciando uma parceria entre escola/universidade/comunidade. 

     Foram realizados estudos do meio, oficinas, mapeamento da área, construção de maquetes, pesquisas de campo e levantamento dos desejos que a comunidade tinha para o parque, que foram projetados por alunos da professora Catharina Cordeiro de Lima, da FAU. Esses projetos foram apresentados a comunidade no final de 2002, na EMEF Luiz David Sobrinho. Em setembro de 2003 o projeto executivo foi assinado.

      Em 2005, houve mudança na gestão administrativa da cidade de São Paulo e consequentemente na Secretaria do Verde e Meio Ambiente, o que levou a uma nova relação do poder público com projeto do Parque Pinheirinho D´água. Mas a mobilização continuou e foram realizadas diversas reuniões ao longo desse ano.

De 2006 a 2012 os educadores continuaram de forma aguerrida discutindo o parque, através da sua atuação nas escolas, do projeto político pedagógico, ou através da participação no Conselho Gestor do Parque, mas com dificuldades de estabelecer uma relação mais efetiva com o poder público. O parque é inaugurado em 2009, distorcendo e desrespeitando o projeto original, o que causou uma enorme frustração em todos aqueles que militavam pelo parque há anos.

A rearticulação com as escolas do entorno 


Em 2012 uma segunda oficina (Charrete) é realizada durante uma semana na EMEF Rogê Ferreira, em parceria com a FAU/USP. O que resulta nos projetos Parque Escola e Escola Parque. Em abril desse ano ocorre um Crime Ambiental de grandes proporções no parque, tendo sido depositada toneladas de entulho na área do Brejo. A situação é encaminhada para o Ministério Público.
                                                     
Em 2013, após um incêndio de grandes proporções, as escolas do entorno se unem e realizam uma aula pública, reivindicando condições mínimas para o uso do parque. A partir desse momento passa a haver uma rearticulação das escolas no território e em outubro desse ano o prefeito Fernando Haddad é recebido por representantes da comunidade, das escolas do entorno e da Diretoria Regional de Educação de Pirituba, na EMEF Rogê Ferreira e compromete-se com a revitalização do parque, inserido na proposta de Território CEU.

                                                               
            Em 2014 é proposto um seminário com as escolas do entorno para o início do ano letivo, pensando na proposta educadora do Parque. Ainda no primeiro semestre são realizadas oficinas entre membros da comunidade, do Conselho Gestor do Parque, representantes da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, da FAU, das Unidades Educacionais, da Diretoria Regional de Educação e da SMDU, para pensar a construção do CEU e do Território CEU. O projeto final é apresentado pela Secretaria para a comunidade.

            Passam a haver formações mensais com os coordenadores pedagógicos das CEIs, EMEIs e EMEFs, que refletem a potencialidade pedagógica do parque. Além de encontros bimestrais com os diretores de escola que resultam no Dia da Família no Parque, em outubro desse ano, reunindo em um dia de atividades cerca de cinco mil pessoas, mais de vinte unidades educacionais e representantes de outras secretarias e movimentos. A EMEF José Kauffmann lança o livro de crônicas e poesias realizado por alunos dos 7ºs e 8ºs anos.

Em 2015, continuam os processos de formação mensais realizados pela Diretoria Regional de Educação de Pirituba com coordenadores pedagógicos e diretores das escolas do entorno. As EMEFs se articulam para a construção de um Blog do Parque Educador Pinheirinho D´água e para a realização de TCAs tendo o parque como tema central. É proposta uma ação articulada das Unidades Educacionais para a Semana do Meio Ambiente. E a história continua.

Parque Pinheirinho D´água: Um Parque Educador


            O conceito de Parque Educador que vem sendo discutido e aprimorado pelas escolas do entorno, representa na verdade uma síntese do processo vivido pelo Parque Pinheirinho D´água.

            A partir das discussões realizadas com as escolas, entende-se que devem ser preservadas e conservadas suas áreas de preservação permanente, nascentes, flora e fauna. O parque tem uma natureza educadora pela sua história, pela sua relação com o espaço geográfico e como remanescente de Mata Atlântica. Ele deve contar com uma estrutura de parque, mas também ter equipamentos que atendam a necessidade das escolas para as atividades de pesquisa, estudos do meio, esportivas, lúdicas, culturais e de recreação.

            Por isso, a partir de oficinas as escolas fizeram uma lista de necessidades e desejos para que esse parque se torne estruturalmente um Parque Educador, sintetizadas pela arquiteta Paula Martins. Embora as escolas já tenham se apropriado amplamente desse equipamento, multiplicando as ações que ocorrem nesse espaço e incorporando-o a sua prática pedagógica.

Para quem quiser saber mais:

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